Reino Animal
Poríferos
Estes organismos
são simples, sésseis
, podem ser de água doce ou salgada, alimentam-se
por filtração
, bombeando a água através das paredes do corpo e retendo as partículas de alimento
nas suas células
. As esponjas estão entre os animais mais simples, não possuem tecidos
verdadeiros pois em sua camada externa e interna as células não apresentam lâmina basal (parazoas
), também não apresentam músculos
, sistema nervoso
, nem órgãos
internos. Eles são muito próximos a uma colônia celular de coanoflagelados
, (o que mostra o provável salto evolutivo de unicelulares
para pluricelulares
) pois cada célula
alimenta-se por si própria. Existem mais de 15 000 espécies modernas de esponjas conhecidas, que podem ser encontradas desde a superfície da água até mais de 8000 metros de profundidade, e muitas outras são descobertas a cada dia. O registro fóssil
data as esponjas desde a era pré-cambriana (ou Pré-Câmbrico
), ou Neoproterozóico
Cnidários
A maioria dos cnidários passa por duas fases no seu ciclo de vida: uma fase conhecida porpólipo e a outra por medusa.
Surgidos há cerca de 600 milhões de anos, os cnidários foram os primeiros animais pluricelulares da Terra a apresentarem corpo com tecidos organizados e um princípio de aparelho digestório. São animais que vivem exclusivamente na água, a maioria habitando os mares e tendo como representantes mais conhecidos as águas-vivas, as anêmonas-do-mar e os corais. Há algumas espécies de cnidários, como as hidras, que vivem em água doce e limpa.
Platelmintos

Os platelmintos são vermes de corpo achatado dorso-ventralmente (platy= chato; helminto= verme), com simetria bilateral. Podem ser parasitas
ou de vida livre, estes podendo ocorrer nos mares, água doce ou em ambientes terrestres úmidos. Como parasitas de seres humanos podemos citar a tênia e o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. Outros animais também podem ser parasitados como o boi, o porco, os cachorros, gatos, etc. O corpo pode ou não possuir uma segmentação. A maioria das espécies são monóicas. Existem aproximadamente 20 mil espécies descritas de platelmintos.
Nematelmintos
Os Nematelmintos ou Nematódeos, também conhecidos popularmente como vermes cilíndricos, são animais pertencentes ao filo Nematode, reino Animalia e Domínio Eucariota.
Principais características dos Nematelmintos:
- O corpo dos Nematelmintos é cilíndrico, não segmentado e alongado.
- São triblásticos (possuem três tipos de tecidos): ectoderme, mesoderme e endoderme.
- Possuem sistema nervoso parcialmente centralizado.
- Possuem sistema digestivo completo.
- Apresentam sistema excretor formado por dois canais longitudinais.
- Apresentam corpo com simetria bilateral e três camadas germinativas.
- Não apresentam sistema circulatório e respiratório (as trocas gasosas ocorrem por difusão através da superfície corporal).
- Algumas espécies são terrestres enquanto outros habitam a água (principalmente água doce).
Anelídeos
Formado por uma cutícula externa secretada pela epiderme, que é rica em glândulas produtoras de muco. Na região subcutânea existem terminações nervosas. Possuem um sistema de músculos longitudinais.
Os anelídeos (filo Annelida) possuem o corpo segmentado (metamerizado) em anéis. São triblásticos, celomados, protostômios e possuem um sistema digestório completo, com boca e ânus. Existem cerca de 15 mil espécies descritas. Variam de poucos milímetros até mais de 3 metros. Os representantes mais conhecidos são as minhocas e as sanguessugas.
Moluscos (Mollusca)
Os moluscos são animais predominantemente marinhos e de vida livre, podendo, inclusive viver fixos ou enterrados. Embora exista grande diversidade de espécies, todos apresentam um mesmo plano estrutural e funcional. São conhecidas aproximadamente 50.000 espécies viventes, divididas em oito classes - entre as quais se destacam a classe dos gastrópodes, pelecípodes e cefalópodes - e 35.000 fósseis.
Gastrópodes são representados por caracóis, lapas, lesmas terrestres e marinhas, búzios, lotirinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar. É a classe mais diversificada do filo. Quando possuem concha, é uma peça única, podendo ser enrolada. São geralmente vagarosos, devido ao peso desta, principal forma de defesa. Para alimentação, todos utilizam rádula (órgão que permite ao animal raspar o alimento).
Pelecípodes, também conhecidos como bivalves, são representados pelos mexilhões, vieiras, ostras e teredos. Seus pés possuem forma de machado e há a presença de concha com duas valvas. A maioria são comedores de materiais filtrados e não possuem cabeça nem rádula.
Na classe dos Cefalópodes, lulas, polvos, náutilos e sibas são representantes, podendo ter conchas internas ou ausentes. São predadores ativos, encontrados em altas profundidades.
Este filo abriga animais de corpo mole (mollusca!) e com simetria bilateral; triblásticos (três folhetos embrionários) e não segmentados; com corpo revestido por um epitélio simples, com cílios e glândulas mucosas. Além disso, são protostômios (no desenvolvimento embrionário, formam primeiro a boca e, depois, o ânus) e possuem celoma, um espaço preenchido por líquido no interior do organismo que, no caso dos moluscos, está localizado ao redor do coração e ao redor das gônadas e dos rins.
Artrópodes
Estão largamente distribuídas pela terra, em quase todos os ecossistemas. Há espécies marinhas, de água doce e terrestres, nos mais diversos pontos do planeta. Os artrópodos incluem, como dito anteriormente, os insetos, únicos invertebrados dotados da capacidade de voar.
O filoArthropoda (do grego Arthros, articulação e podos, pés) constitui o maior de todos os grupos animais. Inclui os insetos, as aranhas, os crustáceos e outros subgrupos menores. Mas de 1 milhão de espécies de artrópodos já foram descritas, e as estimativas dão conta que esse número deve representar menos de 10% do total de espécies.
O padrão segmentado também é notório nas patas, todas com porções bastante individualizadas. Os segmentos que compõem as patas são unidos por articulações que facilitam a movimentação de um segmento em relação a outro.
A cavidade celomática é muito reduzida, e a distribuição de materiais depende quase que exclusivamente do sistema circulatório.
Evolutivamente, é provável que tenha havido relação evolutiva entre os ancestrais dos artrópodos e dos anelídeos, em função de algumas semelhanças existentes entre esses dois grupos de animais, tais como a segmentação, a presença de uma epiderme secretora de quitina, a estrutura dos sistemas nervoso e digestivo.
Equinodermo
Os equinodermos são os seres do filo Actinodermatite (equinos, espinho; derma, pele), geralmente encontrados em grandes profundidades.
Como exemplo, podem ser citados os equinodermos: estrela-do-mar, holotúria e ouriço-do-mar. Este filo surgiu no período Cambriano recente e possui cerca de 7.000 espécies viventes e 13.000 extintas.

- Equinoidea (ouriço-do-mar e bolachas-da-praia)
- Asteroidea ou asteroides (estrelas-do-mar)
- Concentricidade, notáveis pelo seu único sistema vascular; duas espécies; recentemente separadas dos Asteroides.
- Ofiuroidea (ofiúro)
- Holoturioidea (holotúria ou pepino-do-mar)
- Crinoidea (lírio-do-mar)
Sistema Nervoso dos equinodermos
Estes seres vivos possuem um sistema nervoso central bastante simples, com uma limitada rede nervosa, cujos neurônios não estão conectados aos órgãos centrais. Embora não possuam cérebro, alguns animais deste filo possuem gânglios.
Reprodução
Apesar de possuírem sexos diferentes, estes seres se reproduzem sem contato físico, ou seja, sua reprodução se dá através da liberação de óvulo e espermatozóide dentro da água, sendo assim, a fertilização ocorre externamente.
Peixes Cartilaginosos
Normalmente, os condrictes apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais, dependendo do gênero e da espécie. As quimeras, ao invés de fendas branquiais, possuem opérculo (só tem um par de fendas branquiais). Possui uma cauda fina e longa (cauda heterocerca) e a nadadeira peitoral é muito desenvolvida. Esta nadadeira promove a natação através do movimento na forma de “remo”. As quimeras são encontradas a partir de 80 metros de profundidade.

Existem cerca de 900 espécies descritas de peixes cartilaginosos.
A presença da mandíbula permitiu que a alimentação destes animais fosse mais variada. Também houve alterações no comportamento sexual. Nos condrictes mais primitivos só existiam nadadeiras ímpares (caudal, anal e dorsal). Os mais evoluídos apresentam, além das ímpares, nadadeiras pares (peitoral e pélvica).
A epiderme é pluriestratificada (cerca de 4 a 6 camadas de células sobrepostas). A epiderme é mais delgada que a derme.
Peixes Ósseos
Os peixes ósseos possuem endosqueleto e opérculo formados, predominantemente, por ossos. Essa segunda estrutura protege as brânquias e aumenta a eficácia da circulação de água e, consequentemente, da respiração.
São bastante variáveis quanto à forma, tamanho, cores, habitats e nicho ecológico. Predominam, quantitativamente, o grupo dos peixes, representando mais de 95% destes.
Possuem epiderme com escamas e células especializadas em secretar muco; nadadeiras flexíveis; boca anterior, com dentes semelhantes entre si; fígado, pâncreas, intestino e ânus. A maioria dos representantes possui bexiga natatória, auxiliando na flutuação.
O coração possui um átrio e um ventrículo, com circulação simples e venosa. Excretam ureia e/ou amônia, com o rim auxiliando neste sentido. Possuem encéfalo com cerebelo bem desenvolvido, olhos bem desenvolvidos, sacos olfativos e ouvido interno. Apresentam linha lateral. São, geralmente, dioicos, sendo que a maioria fecunda seus gametas externamente.
Anfíbios
Sua reprodução é sexuada externa, este processo se dá quando o macho lança seus gametas nos óvulos liberados pela fêmea. De modo geral, este processo ocorrerá em água doce, e, uma vez fecundados, os ovos permaneceram em ambiente aquático até o nascimento dos girinos
No início de seu ciclo de vida, eles vivem exclusivamente dentro da água e, nesta fase, possuem a forma de alevino (filhote de peixe), realizando somente a respiração branqueal.
Após sua metamorfose, eles deixam de depender exclusivamente do ambiente aquático para sobreviver e passam a viver em habitat terrestre; contudo, este novo ambiente deverá ser úmido para garantir a sobrevivência desta espécie.
Apesar de possuírem pulmões, seus alvéolos são insuficientes para suprir toda a troca de gases necessária para sua sobrevivência. Por esta razão, eles absorvem oxigênio pela pele, e este processo é bem mais eficiente quanto eles a mantêm umedecida, por isso, eles precisam viver em ambientes úmidos.
Répteis
Mas há que se reconhecer que muitos répteis têm características incríveis e muitos deles podem até ser bonitos, coloridos e nos oferecerem uma sensação de conexão com a era dos dinossauros. Alguns deles ainda se destacam por serem um tanto estranhos. Confira abaixo quais são eles.Tá aí um lagartinho que muitos fãs de super-heróis gostariam de ter! O lagarto-agama (Agama mwanzae) é um dos répteis mais espetaculares do planeta e desenvolve uma coloração brilhante no rosto e no corpo durante as partes mais quentes do dia. A disputa de território pelos machos também pode fazer com que a coloração mude.O mais curioso é que o contraste entre um rosto vermelho e azul brilhante do corpo levou este animal a se tornar uma espécie de celebridade, tornando-se conhecido como o "lagarto Homem-Aranha". Esses animais podem medir até 38 centímetros de comprimento e se alimentam de uma grande variedade de insetos.
A iguana marinha de Galápagos é um réptil altamente adaptado que se alimenta de algas. As criaturas podem ser vistas à espreita nas rochas entre as praias das ilhas remotas. A coloração das iguanas marinhas inclui uma ampla gama de marrons, tons rosados e verdes que se destacam entre as rochas.
Os répteis são os únicos lagartos do mar do planeta e representam um dos casos mais estranhos de adaptação em todo o mundo. As iguanas marinhas nadam como crocodilos e usam seus dentes afiados para colher fios de algas das pedras. Charles Darwin não era um fã desses animais esteticamente, descrevendo-os como "bestas horríveis".
Aves
As aves evoluíram a partir dos répteis e muitas modificações ocorreram para que elas conquistassem todo esse modo de vida. Os ovos passaram a se desenvolver fora do corpo da fêmea, aparecimento de penas, os membros anteriores deram origem à asas, a excreção nitrogenada é o ácido úrico, num composto pastoso para economizar água, perda da bexiga, endotermia, separação da circulação venosa e arterial, sacos aéreos que ajudam na diminuição da densidade e dissipam calor, corpo aerodinâmico e elaboração da voz e da audição.
A pele é delgada, flexível e frouxamente presa à musculatura subjacente. Não possuem glândulas, com exceção da glândula uropigiana, que fica próxima à base da cauda, onde a ave passa o bico, recolhendo a secreção e passa nas penas para impermeabilizar e também evitar que o bico fique quebradiço.
As penas são leves e flexíveis. Crescem a partir dos folículos que estão na pele, formam uma isolação térmica e protegem a pele, além de terem uma enorme importância no vôo. Existem vários tipos de pena como: penas de contorno, plumas, filoplumas, cerdas e plumas pulverulentas. Durante o crescimento da ave, os pigmentos são depositados nas penas, resultando na coloração destas. O conjunto de todas as penas é chamado plumagem. O processo de troca das penas é chamado de muda.
Mamíferos
A lista de mamíferos com grande risco de extinção no Paraná aumentou em 12 espécies nos últimos cinco anos. Entre elas estão dois tipos de morcego, dois de veados (campeiro e vermelho) e a baleia-franca. Hoje, são 44 espécies de mamíferos em grande ameaça no estado, junto a outras 138 em nível moderado.Os números fazem parte da nova Lista Vermelha de Animais Ameaçados de Extinção no Paraná, revisada por especialistas em 2009 e divulgada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente na semana passada. De acordo com o biólogo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Mauro Britto, o número de espécies ameaçadas aumentou não só porque a quantidade de animais catalogados também subiu. “A análise e a metologia foram aperfeiçoadas. Houve um esforço maior na pesquisa de campo”, explica.
A atualização aumentou em 37% o número de mamíferos ameaçados em relação à avaliação feita há cinco anos, quando o total de espécies catalogadas era 176 e 32 sofriam algum risco. Os animais em grande vulnerabilidade foram divididos em quatro categorias. A preguiça-comum é o único mamífero extinto regionalmente, ou seja, desde 2004 a espécie não existe mais no território paranaense.


Oito espécies estão “criticamente em perigo” – ariranha, cervo-do-pantanal, mono-carvoeiro, onça-pintada, queixada, rato-do-mato, tamanduá-bandeira e veado-campeiro. Já a anta, a baleia-franca, o mico-leão-da-cara-preta, a paca, a toninha e duas espécies de morcego encontram-se em “perigo”. Outras 28 espécies estão em situação “vulnerável”.
Em relação aos dados de 2004, 12 espécies sofreram down grade. Significa que atualmente se encontram em situação de menor risco. Em oposição, seis espécies sofreram up grade, ou seja, estão em situação de risco maior do que na lista anterior. O cachorro-vinagre, por exemplo, subiu de vulnerável para espécie criticamente em perigo.
Entre os outros 138 animais da lista, cinco estão “quase-ameaçadas” e 74 em “risco menor”. Outras 59 espécies estão numa categoria intermediária por não apresentarem dados suficientes.
Para o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, o índice de diversidade biológica funciona como um bioindicador da qualidade de vida da população. “Se a variedade de espécies consegue sobreviver no meio ambiente em que está inserida, esse meio também é saudável para o ser humano”, comenta. Para ele existem ainda alguns passos a serem vencidos.